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Aumentar inovação nas micro e pequenas empresas é desafio para o Brasil

O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, contou que o governo está pensando em fazer uma espécie de “feirão imobiliário”, como o realizado pelos bancos, que reúnem em um mesmo espaço compradores, instituições financeiras e construtoras, mas voltado à inovação e com foco nas pequenas e médias empresas. A intenção é reunir, em um mesmo espaço, bancos públicos como o BNDES, fundos de capital semente, Finep e empreendedores com boas ideias.

Os pequenos empresários poderiam apresentar seus projetos no evento, e as instituições poderiam avaliá-las ali mesmo, até conceder o crédito de uma forma muito mais rápida do que nos trâmites normais. “O projeto piloto poderia ser realizado com Finep, Sebrae, BNDES, estamos discutindo a ideia e ainda não há cronograma para implementá-la”, disse o ministro em entrevista dada ao jornal Valor Econômico e publicada no dia 22 de novembro.

Ele também voltou a defender a mudança na Lei do Bem para permitir que pequenas e micro empresas possam utilizar os incentivos fiscais à inovação. “É preciso discutir o marco legal para que a energia das pequenas e médias empresas possa se voltar para a inovação. Esse conceito do lucro presumido precisa ser repensado”, afirmou ele.

Na mesma reportagem Luiz Barreto, presidente do Sebrae Nacional, comentou que os indicadores relacionados às PMEs vêm melhorando nos últimos anos. “Há uma década, apenas metade das empresas sobrevivia a esse que é o período mais crítico para a empresa. Hoje, 73 a cada 100 empresas ultrapassam os dois primeiros anos de atividade no país.”

Em 2011, o Sebrae atendeu mais de 30 mil pequenas empresas com projetos de inovação, inclusive com os chamados Agentes Locais de Inovação, consultores que procuram ativamente as empresas para oferecer soluções. Além disso, por meio de programas como o Sebraetec, o serviço de apoio à pequena empresa subsidia em até 90% o custo de pequenos empreendedores com projetos de inovação.

“Minha impressão é que ainda somos tímidos, deveríamos ser mais ousados”, disse Carlos Calmanovici, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), também ouvido pelo Valor Econômico. Para exemplificar, ele comentou que na China os investimentos em inovação crescem em torno de 20% ao ano, enquanto entre as empresas brasileiras associadas à entidade o crescimento gira em torno de 10%.

Segundo Calmanovici, o desafio no Brasil é mitigar os riscos. Um dos pontos críticos é a alta taxa de juros, “que desestimula os investimentos em inovação, que são de risco”. O presidente da Anpei fez menção, também, ao processo de análise de patentes. Apesar dos progressos obtidos pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), o tempo de tramitação é longo e gera insegurança jurídica.

O economista Marco Tulio Zanini, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também destacou que o ambiente institucional no Brasil não estimula a inovação. “Além disso, na maioria das pequenas empresas o nível profissional e a qualidade da gestão ainda são baixos”, disse. Zanini acredita que alguns entraves provocados pelo famigerado Custo Brasil têm um peso ainda maior para as PMEs.

Fonte: Anpei